CRIANÇA FAZ BIRRA

Lá vem birra!


      





Dificuldades que levam uma pessoa a procurar um psicólogo.
Morgana M. Amaral


Em cada fase do desenvolvimento humano podem aparecer algumas dificuldades.


Crianças: Algumas crianças podem apresentar comportamentos diferentes dos habituais que preocupam os pais como:

Dificuldade na escola;
  • Irritação excessiva;
  • Fazer xixi na cama;
  • Sentir medo;
  • Sonolência excessiva;
  • comer demais ou não comer;
  • Separação dos pais.
Adolescentes: A adolescência é uma fase de grandes mudanças: o corpo se transforma, surgem dúvidas, é uma fase de experimentação e descoberta. Essas mudanças muitas vezes dificultam o relacionamento do adolescente com a família, com a escola e com os amigos.
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Obesidade;
  • Dificuldade de relacionamentos; medo excessivo.;
  • Dependência química;
  • Orientação profissional;
  • Auto-estima;
  • Violência
  • Dificuldade de aprendizagem.
Adultos: São vários os motivos que podem levar o adulto a procurar um psicólogo como;

Dificuldade de relacionamento;
  • Falta de auto-estima;
  • Problemas sexuais;
  • Problemas no trabalho;
  • Re-orientação profissional;
  • Depressão;
  • Obesidade;
  • Ciúmes; Dependência; Sensação de vazio;
  • Tristeza; medo; auto-conhecimento;
  • Crise no casamento;
  • Divorcio;
  • Re-casamento.

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Terapia Relacional Sistêmica 
Morgana M. Amaral

Descrição:
A Terapia Relacional Sistêmica é uma proposta de trabalho terapêutico com famílias, casais e indivíduos e grupos. Hoje considerado mais que uma terapia é um processo de aprendizagem, onde o cliente experimenta novas percepções do mundo, descobre seus pontos fortes e se desenvolve no âmbito pessoal e profissional.

Os principais pontos fortes deste processo são as mudanças de percepção, que podem ser extremamente poderosas e transformar totalmente a visão de vida do cliente. A terapia Relacional Sistêmica é uma relação de aprendizado e desenvolvimento que usa como base as técnicas e padrões relacional com os membros familiares, estando presente ou não, assim ajudar auxilar o cliente que está insatisfeito com seu estado atual a atingir um estado desejado.

Terapia Individual Sistêmica ( e Terapia Familiar)

O indivíduo sente que está mal e não consegue entender nem superar o estado de paralisação em que se encontra. Percebe que precisa de ajuda, há o desejo de conhecer mais profundamente seus conflitos e caminhar para uma mudança.
A Terapia Relaciona Sistêmica em sua origem dirigia-se exclusivamente ao atendimento de famílias. Ao longo do tempo, com desenvolvimento teórico, técnico e clínico, a abordagem sistêmica foi se reestruturando para atender clinicamente o sistêmica individual.
No atendimento individual, as histórias familiares fornecem o nexo dos fenômenos e constituem os recursos terapêuticos. “O espelho familiar vai circulando através das diferentes gerações de uma família, constituindo-se em elo entre passado e futuro.” (Gomel). Desta forma, parte-se de algo que é “interno” para o indivíduo e o relaciona com algo que acontece entre as pessoas. “Forças transgeracionais exercem uma influência crítica sobre as relações intimas atuais.” (Framo). Consideram-se todas as informações levando-se em conta três gerações da família.
O foco da terapia é favorecer o auto conhecimento e possibilitar a descoberta de saídas para o impasse em que o indivíduo se encontra (processo de autonomia e mudanças de pautas disfuncionais).

Terapia Relacional Sistêmica Para Casais.

A Terapia Familiar e de Casal trabalha para uma melhor compreensão e vivência do
relacionamento.
Numa visão geral, procuramos juntos compreender :

O que está acontecendo com o casal e a família;
Quais as principais queixas e recursos;
O que os problemas significam para cada um dos seus membros;
Quais os comportamentos que reforçam as dificuldades;
Quais os comportamentos melhoram o relacionamento;
Qual a contribuição de cada um para a manutenção da dificuldade e da melhoria;
Quais os objetivos de cada um em relação à terapia;
Qual o contexto do casal e da família atual ;
Quais as influências da família de origem;
Que reflexões e ações precisam ser melhor ativadas.

Terapia Relacional Sistêmica Familiar.

A Teoria da Terapia familiar está fundamentada no fato de que o homem não é um ser isolado, mas um membro ativo e reativo de grupos sociais. O indivíduo é um sistêmica, que por sua vez é um subsistema de um sistema maior que é a família, que por sua vez é um subsistema de um sistema maior que é a sociedade.

O indivíduo influencia o seu contexto, e é por ele influenciado, este indivíduo que faz parte de uma família, membro de um sistema social, ao qual deve se adaptar. Suas ações são governadas pelas ações do sistema, e estas características incluem os efeitos de suas próprias ações passadas.

O objetivo básico da Terapia Relacional Sistêmica, é trabalhar mudanças para uma melhor qualidade de vida, modificando comportamentos e processos psíquicos internos de uma estrutura familiar. É uma terapia voltada para o sistema, no qual o indivíduo está inserido. Neste sentido, terapeuta e família se associam para formar um sistema terapêutico. Sendo uma terapia de ação, trabalha-se a mudança no funcionamento da dinâmica do sistema familiar, de maneira a intensificar o crescimento psicossocial de cada membro. A família modificada oferece a seus membros novas circunstâncias e novas perspectivas de si mesmos.
"o objetivo da terapia é abrir novas possibilidades oportunizando uma mudanças para melhor, é impossível tratar o sistema sem que se produza uma mudança básica na situação, nas relações e inter-relações do cliente". (Nascimento apud Assis )
A família é um sistema aberto, em transformação, um conjunto de padrões aos quais os membros interagem, como também regulam o comportamento dos membros da família.

Benefícios:
1 - Transformação de comportamentos, ações e reações.
2 - Autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
3 - Libertação de traumas do passado.
4 - Relacionamento pessoais e profissionais mais qualitativos.
5 - Libertação de medos e fobias
6 - Perdão a si mesmo e aos outros.
7 - Descoberta e desenvolvimento de habilidades e competências como: Criatividade, poder de decisão, auto estima, autenticidade, comunicação, disciplina, coragem, determinação, auto confiança e flexibilidade.

Contato inicial sem compromisso (gratuito):
Caso o cliente não conheça o trabalho e quera saber sem compromisso, é possível marcar um contato inicial de 20 ou 30 minutos para uma apresentação pessoal da terapia relacional sistêmica. (este agendamento depende da disponibilidade de vagas)
INFORMAÇÕES; 21- 8123-6365

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Quem é pai ou mãe e nunca passou por uma situação de birra dos filhos ou não teme que ela aconteça? Acredito que praticamente todos já passaram por estas situações. As birras são comuns e esperadas em todas as crianças especialmente até por volta dos 3 / 4 anos idade.

Toda e qualquer criança principalmente nesta fase apresenta em algum momento o tão famoso comportamento de birra. Não adianta aqueles que ainda não são pais dizerem: “Filho meu não fará birra!” Infelizmente se frustrarão, pois seus filhos farão birra sim, nem que seja uma bem pequenina ao menos uma vez na vida!

De acordo com o dicionário da língua portuguesa birra pode ser definida como: “Comportamento da cavalgadura quando ferra os dentes em alguma coisa, especialmente na manjedoura; teimosia, zanga, capricho”. Quando embirradas as crianças ficam exatamente assim: empacadas como um burrinho, agarradas a uma idéia ou desejo que não é compartilhado pelos pais. Geralmente ao ouvirem um não, serem frustradas ou terem que esperar por algo, começam uma birra. Primeiro insistem no que querem, depois choram,às vezes gritam,rolam ou esperneiam. No momento da birra os sentimentos que estão presentes são a raiva e a tristeza por não conseguirem o que desejam. Como não possuem ainda aparato vivencial e cognitivo para expressar seus desejos e compreender que não podem obter o que querem naquele momento, é que a criança acaba apresentando o comportamento de birra. Desta forma, a birra é a maneira de expressar sua insatisfação e lutar pelo que quer. Deve ser vista como algo normal ao desenvolvimento infantil e que de alguma maneira começa a demonstrar a independência da criança em relação aos pais e adultos.


Mas é bom observar que birra é diferente de desobediência. A desobediência carrega consigo o desejo de oposição a uma ordem ou regra. Já a birra é a expressão de um desejo ou reação a uma frustração.

No entanto, apesar de serem normais e esperadas não é fácil para os pais lidar com as birras. O ideal é preveni-las e não permitir que se tornem um hábito da criança. O grande desafio para os pais será o de saber lidar bem com esta “fase dos caprichos”, para que estes não se transformem em falta de limites. Crianças mais, ou menos, birrentas são uma combinação de seus temperamentos com a educação que recebem, ou seja, da atitude que os seus pais têm a esse respeito. Por isso é melhor prevenir do que remediar. Como prevenção é importante que os pais consigam discernir entre os tipos de birra, onde acontecem mais freqüentemente e como é o temperamento da criança (se mais ou menos birrento).
Algumas orientações que podem ajudar:

1- Procure identificar situações e locais que provocam birras em seu filho. Excesso de estímulos, lojas de brinquedos, supermercados, restaurantes que demoram a servir, passeios muito longos… Assim, procure preveni-las: respeite o ritmo e idade de seu filho e leve-o apenas onde possa suportar o tempo que ficará ali. Se for ao supermercado ou lojas, combine antes o que pode ou não comprar e como ele deve se comportar nestes lugares. Em locais em que tenha de esperar, como médicos, restaurantes, carregue um brinquedo ou livro que possa distraí-lo.Procure respeitar os horários das crianças ao invés de encaixá-las nos seus horários de adulto. Muitas vezes por trás de uma birra está uma criança cansada, com fome, sono ou que não tem suas necessidades básicas atendidas.
2- Entenda o que seu filho realmente está expressando com a birra antes de chamar-lhe a atenção ou entrar em um sermão que não levará a nada. Muitos pais, diante de uma birra, entram no piloto automático da crítica e não prestam atenção ao que seus filhos estão expressando. Procure manter o autocontrole. Em alguns momentos vale dizer: “Acho que você está com raiva porque …”. Aos poucos isto o ensinará a reconhecer seus sentimentos e modificar seu comportamento. Identificar o motivo da birra facilita que você ajude a criança a sair dela.
3- Seja firme desde o início. O controle da situação deve estar com você, que é o adulto. O que não pode não pode e pronto. Mesmo que seja custoso assumir esta atitude, é importante que desde o início do processo educativo os limites sejam claramente estabelecidos. Mas isto não significa ser inflexível. Se você mudar de idéia e voltar atrás em alguma decisão, diga a seu filho o porquê fez isso: “ Eu não ia te dar estes biscoitos agora porque vamos almoçar daqui a pouco, mas como estou vendo que você está faminto só hoje vou te dar”. E é claro, não faça da exceção uma regra.
4- Use de técnicas de distração ou isolamento, principalmente se estiver em locais públicos, onde as pirraças sempre aumentam em função da platéia e do nervosismo dos pais por temerem o julgamento dos outros. Em shoppings, restaurantes, igrejas, onde há muita platéia, é importante controlar a situação dentro do que for possível. Embates em lugares públicos com os filhos só servem para aumentar o poder manipulativo dos pequenos que tem autorização social para gritar, espernear, etc. Assim dependendo da situação, distrai-os e depois converse com eles.
5- Elogie a criança quando ela conseguir passar por um momento em que faria birra e não fez. Talvez você possa dizer como é bom vê-la crescendo e conseguindo resolver melhor as coisas. Aponte para ela a evolução que está tendo.
6- E ainda, de acordo com B.D. Schmitt, autor de “Your Child’s Health, outras atitudes que podem ser tomadas pelos pais são:
- Se durante a birra, o comportamento da criança for inofensivo, ignore-o completamente; avise com antecedência o momento da frustração;
para as birras de tipo perturbador, destrutivo ou agressivo, utilize suspensões temporárias (como deixá-lo por 2 a 5 minutos no quarto); contenha fisicamente a criança quando ela tiver birras que podem causar danos ou machucar alguém e por fim procure ajuda e orientação profissional se com freqüência:
- Seu filho se machucar ou machucar outras pessoas durante as birras.
- As birras ocorrerem cinco ou mais vezes ao dia.
- As birras também ocorrerem na escola.
- Algum dos pais também tiver episódios de raiva ou gritos e não puder conter-se.
- Tiver outras dúvidas ou preocupações (como por exemplo, não saber como ser firme com a criança)
Para finalizar considero importante ressaltar que, conforme as crianças vão crescendo e adquirindo maior habilidade para lidar com as frustrações,vão deixando de lado o imperioso desejo de conseguir tudo aqui e agora e conseqüentemente retirando as birras de seu repertório.
Texto Adaptado Psicóloga Morgana Amaral

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